PANACÉIA DELIRANTE

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Assum Preto


"Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor"

Essa estrofe durante uma hora ou duas do meu dia representou-me tão fielmente que não tinha como não pedir licença para Gonzagão para vestir-me em pretas plumas e cantar por alguns minutos...

"Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá de mió"

Passado o primeiro momento, passada a primeira estrofe, soltei o meu grito de alerta (parafraseando outra música). Não, ninguém vai me cegar. Passaro não é vitrola pra ficar enclausurado enfeitando ouvido alheio, eu fico com meu canto feio, que embora desafinado, espalha por todo lado aquilo que o olho avista e o coração atesta.

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