PANACÉIA DELIRANTE

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Domingão


Ainda não saí de casa
Mas minha cabeça correu o mundo
Aquele mesmo, que é cheios de caminhos
E atalhos que desconheço
Sinto-me perdida
Sentada neste sofá,
Em pleno domingo
Cerveja na mão
Amendoim torrado

Falta tudo
Falta a bússola

Mas hoje é domingo
Quem precisa de direção?
Apenas descanso
Ligo a TV
Domingão do Faustão

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Brasil


Voltei para o Brasil
Contudo
Entretanto
Toda via
Nunca voltamos para o mesmo lugar.
Que bom...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Malas prontas:




Olho para elas e sinto que falta alguma coisa. Normal. É que na primeira viagem ao exterior, a ansiedade aumenta: imagino-me barrada no aeroporto, proibida de levar alguma coisa, ou pior, impedida de ir, pega de calças curtas.

Hoje, enquanto vinha para casa, me despedia da língua portuguesa, da melodia baiana no falar, do meu quarto, das minhas coisas. Mas acima de tudo, da língua: sentirei muita saudades de ti, português, seus ditados, suas gírias, suas construções elaboradas. Daqui em diante, encontrarei apenas seu semelhante, igualmente latino, quente, colonizado.

Yo seré loca por ti, America!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Cuco



O velho relógio cuco está parado há vinte anos.
Marca três e meia da tarde de um sábado distante.
O domingo nunca chegou.
Passarinho do relógio, vinte anos vive preso
Num eterno feriado,
Não vê a luz do dia
Não canta, nem marca hora.
Mas desperta uma inveja...