PANACÉIA DELIRANTE

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Invencionices...

 
É tão gostoso sonhar um amor inventado. Amor criado sob medida para alimentar nossos sonhos secretos. Amor de fim de noite, amor de antes de dormir. Devaneio que alimentamos de carência e ilusão: só come no escuro. Talvez no silêncio.
Amor sempre faminto, que amor mesmo vive do espanto de amar, da insegurança, do “dorme e não dorme” e se dorme, sonha. O amor inventado não conhece o desconcerto, o desajuste. É tão ajustado, que não serve. Só serve para preencher as noites ociosas e para alimentar nostalgias nos inventores de frases. Serve também para escrever poemas, criar histórias e preencher os diálogos dos notívagos. 

Para Thiago, que me convidou para devanear numa madrugada de sábado.