PANACÉIA DELIRANTE

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sem mais distanciânsias

Nada mais bonito que a saudade morta
Ver a saudade esmagada entre dois corpos
Uns chamam isso de abraço
Eu não chamo de nada
Não chamo nem de morte
Que saudade não se extingue
É preciso que se mate todos os dias
E se morra com e por ela, como disse o poeta:
“Tão lindo morrer de amor e continuar vivendo”...

Dispensa dedicatórias...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

No berro!


Eu era menina. Tinha doze anos e tive que fazer uma cirurgia na boca. É que meu corpo produz mais dentes do que eu precisava. O dentista disse que a gente precisa se livrar do que está sobrando, daquilo que apenas ocupa espaço e não tem utilidade.  Mas eu tinha apenas doze anos e nada entendia sobre excessos.
Na véspera da cirurgia eu confessei meu medo á minha irmã, que ouvia tudo sem paciência.
- Estou com medo...
- Do dentista?
- É... tenho medo de doer.
- Se doer, você GRITA!
- Gritar?
- Grita pra ele saber que machucou!
Aquilo fez muito sentido aos doze anos, mas hoje faz muito mais...