PANACÉIA DELIRANTE

sábado, 31 de julho de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

Quintanices para jovens desorientados


"Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito
mais nela....

Um dia nós percebemos que as mulheres tem instinto "caçador" e fazem
qualquer homem sofrer...

Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...

Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...

Um dia percebemos que o comum não nos atrai...

Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom...

Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...

Um dia saberemos a importância da frase:
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."

Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, mas não
damos valor a isso...

Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais...

Enfim... um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo
todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos,
para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem
que ser dito naquele momento.

Não existe hora certa para dizer o que
sentimos se quem estiver te ouvindo não te compreender, não te merecer...

O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida
ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...

Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."

Mario Quintana

sábado, 24 de julho de 2010

Samurai



Espada na mão, samurai luta até lhe faltar as forças.
E quando acaba, descobre outras
Risca o ar com a espada assassina
Vilões visíveis e invisíveis tombam ao chão
Até que exausto, samurai desiste de briga
Volta de cabeça baixa
Pedindo colo de senhora
Chá de limão e mel
Escalda pés
Conversa jogada fora.
Tira os sapatos
Sai da armadura
E pergunta o resumo da novela.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Concluindo

“Me recuso a dar importância à coisas sem importância” – viu num certo filme uma vez, a moça. No seu impulso romântico de por à prova o ensinamento, despiu-se de tudo o que lhe havia de supérfluo. Completamente nua, por dentro e por fora, saiu de casa para esbanjar todo o seu desapego, escandalizando o bairro em que morava.

Voltando para casa, contudo, sentia, ao invés do vazio, a ausência de algumas coisas que havia deixado para trás. Não eram muitas, pequenas quinquilharias que lhe faziam uma falta que você nem sabe.

De volta às ruas, procurava ela algum vestígio do que havia deixado escapar: um caco de vidro, uma peça que fosse de seu tesouro perdido. Chegado ao fim o primeiro dia de buscas, volta para casa com o que consegui recuperar: um chiclete de morando, uma pizza gelada e uma caneta tinteiro, com a qual escreveu sobre a capa do DVD:

“Me recuso a não dar importância, às coisas de importâncias.

Só lhe resta adquirir sabedoria para diferenciar as duas...

sábado, 17 de julho de 2010

Poema a procura de um nome (e de justificativa)

Era tão facil, tão fácil que
Carecia complicação
Misturei tudo o que via
Transformei adição simples, em multiplicação.

Dentro de meu copo d’água
Fiz surgir um furação
Lavei minha roupa suja
Numa bolha de sabão

As palavras que dizia,
Traduzi pro japonês
A estampa de bolinha
Cortei em forma xadrez

E no entanto, era tão simples
Escandalosamente simples
Que não houve solução:
As roupas ficaram sujas
O copo quebrou-se todo
E não houve resultado
Para minha equação.


08/07/09

quarta-feira, 14 de julho de 2010

No intervalo:



Pausa do ensaio.

Ela perguntou por que eu estava triste. No início, apresentei a razão mais superficial:
            Tudo tão previsível...
            Por fim, confessei-lhe aquilo que reluto, muitas vezes, em admitir. Ela não fez nenhuma análise, não fez discurso, apenas disse:
            “Agente precisa se arriscar mais”
            Voltamos para o ensaio...

Dorotéia estréia dia 6 de agosto.
           
E eu, estréio quando?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Auto - retrato

Começo de semana



Quem mora em Salvador e não viu, que pena!
Dois arco-íris no céu:
Um cortava de ponta a ponta o oceano
Outro passava por cima

Vi da janela do meu carro
Eram oito e pouco da manhã.
Antes do ensaio
Lá estava, a semicircunferência colorida
Tirando todo o sono da segunda feira

Entretanto,
Foi a outra visão,
Muito mais banal
Muito mais cinza
Muito mais trânsito
Muito mais “vaga para estacionar”
Que me perturbou,
Ofuscou o dia,

O dia em que a chuva desenhou dois arco-íris no céu
Um que morria no mar,
Outro que passava por cima,
E terminava sabe-se lá onde...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

tem coisas que...

é melhor calar...

Ou gritar...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Fim de partida


E assim termina a noite,
A semana,
O fim do fim de semana,

É...

O desfecho poderia ser melhor...

É...

O jeito é esperar pelo próximo capítulo...

sábado, 3 de julho de 2010

Quatro meninas

Estréia hoje, 03 de julho 2010
O espetáculo:

4 meninas

Sem a pretensão de ser imparcial, listarei algumas razões para não deixar de ver a peça, na próxima semana:

* É o primeiro trabalho com o grupo PANACÉIA DELIRANTE, desde que definimos o nosso nome oficial.

* O texto é uma adaptação da peça de Pablo Picasso (sim, ele também foi dramaturgo!)

* É de graça

* É um espetáculo diferentão: é visto de cima, tem diversas mídias, muitas interferências das artes plásticas e construções corporais inspirados nas pinturas de Picasso

Agora, algumas razões para não deixar para a última hora:

* São apenas quarenta lugares por dia.

* Ficará praticamente uma semana, apenas.

A direção de 4 meninas é de Rita Rocha (sua peça de formatura) e com a assistência de Ana Paula Brasil.

Vumbora!