PANACÉIA DELIRANTE

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Encruzilhada

- Como se chama isso, dona?
- Isso é encruzilhada
- Pra que serve?
- Pra escolher.
- E como faz?
- Tome um rumo e vá seguindo
- Oxe! Tomo nada.
- Então faz como?
- De cada estrada eu tiro um gole. Percorro um tanto de cada caminho. Se der na telha, eu volto. Ando por todas as estradas, mas não escolho nenhuma.
- Assim, cê nunca é que chega.
- Pra mim, não faz mal, não. Eu só tomo o prumo que mandar meu coração.
- E por que não pergunta agora.
- Porque ele ainda não sabe. Meu coração é muito confuso, demora uma decisão. Bem, eu vou indo. Quanto mais cedo vou, mais cedo eu volto. Inté!
- Inté!
- E tu? Não anda não?
- Eu não, só espero.
- Por quem?
- Pela volta dos arrependidos. Quem sabe alguém desiste de ser errante e se quede como eu? Meu caminho findou aqui, no começo de sua estrada. Te desejo boa sorte, qualquer coisa beba água.
- Esse é um conselho estranho.
- No familiar, não se repara.
- Faz sentido
- Antes não fizesse...
- Adeus!

- Inté breve.  

Encruzilhada

- Como se chama isso, dona?
- Isso é encruzilhada
- Pra que serve?
- Pra escolher.
- E como faz?
- Tome um rumo e vá seguindo
- Oxe! Tomo nada.
- Então faz como?
- De cada estrada eu tiro um gole. Percorro um tanto de cada caminho. Se der na telha, eu volto. Ando por todas as estradas, mas não escolho nenhuma.
- Assim, cê nunca é que chega.
- Pra mim, não faz mal, não. Eu só tomo o prumo que mandar meu coração.
- E por que não pergunta agora.
- Porque ele ainda não sabe. Meu coração é muito confuso, demora uma decisão. Bem, eu vou indo. Quanto mais cedo vou, mais cedo eu volto. Inté!
- Inté!
- E tu? Não anda não?
- Eu não, só espero.
- Por quem?
- Pela volta dos arrependidos. Quem sabe alguém desiste de ser errante e se quede como eu? Meu caminho findou aqui, no começo de sua estrada. Te desejo boa sorte, qualquer coisa beba água.
- Esse é um conselho estranho.
- No familiar, não se repara.
- Faz sentido
- Antes não fizesse...
- Adeus!

- Inté breve.