PANACÉIA DELIRANTE

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Ricardão

Tu que vai pega mulher
Como uma coisa qualquer
Peneira, palito, colher
Pensa ser um garanhão
Mas não passa de um mané

Tu que é tão sem coração
Não sabe com'é que é
Amor bom é que nem fruta
Mas tem que comer no pé
Tem que trepar, melar cair
E exige maturação
Quem tem pressa, come verde
Azedo, que nem limão

O desejo dá e passa
Bom sujeito não cai, não
Em promessa que é trapaça
E só quer fazer pirraça
Pra enganar o coração

Mas se esquece, o tal covarde
Coração apanha e bate
Quando a gente faz que não
Logo forja o abate
Deixa fora de combate
Quem pensou ser Ricardão

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Aprendizados:


Acontece que o padre
Por fazer ou de escutar
Se tornou especialista
No assunto de pecar...

LC - 2017

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Patéticos

Meus caros,
Eu estava aqui pensando como sou patética.
Calma,
Não é caso de depressão, nem suicido
Todas as pessoas são patéticas, assim como todas as cartas de amor são ridículas (já dizia Fernando Pessoa)
O amor nasce justamente do patético.
Quando alguém vê o patético e reconhece toda a sua doçura
Todos os tipos de amor
É que o patético só é visto assim: com doçura,com cinismo, ou com indiferença.
Então a doçura é sempre a melhor opção,
Que o patético estimula, descobre e revela...


domingo, 22 de janeiro de 2017

Não quero amar

No fundo, não quero amar.

Ou melhor, não quero só amar como precipitação, frio na barriga, coração acelerado.

Eu quero mesmo a segurança de amar, aquela fé inabalável no sentimento que se sente, sentimento que solta e soltando é que prende, pois sabe ser amorosamente distante.

Quero amar romanticamente um amor de pai, de mãe, de irmão, amor de melhor amigo, que segue sempre contigo e comigo mesmo quando finda o amor.


Coração que ama e ama o amor que sente, ama a própria capacidade de amar e colorir e ser e sentir e arder até a chama por fim, cessar.