PANACÉIA DELIRANTE

domingo, 22 de janeiro de 2017

Não quero amar

No fundo, não quero amar.

Ou melhor, não quero só amar como precipitação, frio na barriga, coração acelerado.

Eu quero mesmo a segurança de amar, aquela fé inabalável no sentimento que se sente, sentimento que solta e soltando é que prende, pois sabe ser amorosamente distante.

Quero amar romanticamente um amor de pai, de mãe, de irmão, amor de melhor amigo, que segue sempre contigo e comigo mesmo quando finda o amor.


Coração que ama e ama o amor que sente, ama a própria capacidade de amar e colorir e ser e sentir e arder até a chama por fim, cessar.