No fundo, não quero amar.
Ou melhor, não quero só amar como precipitação, frio na
barriga, coração acelerado.
Eu quero mesmo a segurança de amar, aquela fé inabalável no
sentimento que se sente, sentimento que solta e soltando é que prende, pois
sabe ser amorosamente distante.
Quero amar romanticamente um amor de pai, de mãe, de irmão,
amor de melhor amigo, que segue sempre contigo e comigo mesmo quando finda o
amor.
Coração que ama e ama o amor que sente, ama a própria
capacidade de amar e colorir e ser e sentir e arder até a chama por fim,
cessar.
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