PANACÉIA DELIRANTE

sábado, 28 de novembro de 2009

O beijo









Na ordem:Gustav Klimt, Auguste Rodin, Pablo Picasso, René Magritte, Francesco Hayez

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Janelas e armários

Fico um pouco triste quando demoro de atualizar esse blog. É como se faltasse tempo para fazer esse exercício de sintetizar uma reflexão, acontecimento e emoção que me venha. Poderia dizer que estava muito ocupada (o que é uma verdade), que não entrei na internet (o que seria uma mentira). Mas a verdade é que nas vezes que passei por aqui, distraí-me lendo o blog dos outros ou apenas senti que não havia nada a dizer.
Como é possível que a vida dos outros nos interesse mais do que a nossa própria vida?
Será possível que sejamos tão displicentes com nós mesmos, distraídos, sonhadores?
Dentro do meu armário o monstro arranha a porta pedindo para sair. De costas para ele, espio o armário do meu vizinho pela janela. Entretanto, sinto sua presença e tenho medo. Qual será seu rosto? Será que o conheço? Amo-o ou odeio-o?
Sei que se abrir a porta restar-me-á apenas duas saídas: devorá-lo ou ser devorada. As duas idéias me apavoram...

domingo, 22 de novembro de 2009

curta crônica


Em frente a si o lago cristalino
O dia quente
O céu limpo

Despiu-se lentamente:
Vestido
Sapatos
Roupas de baixo

Por fim tirou a primeira pena
A segunda,
Arrancou-lhe as próprias asas e entrou na água.

Anjo...
Completamente despido

Não lhe interessa mais os mistérios acima de sua cabeça
Estes já conhece...
Agora é a profundeza que lhe inquieta,
Atrai-lhe,
Chama-lhe...

Cair também é uma escolha

domingo, 15 de novembro de 2009

horas extremas


"Todos os poemas são um mesmo poema,
Todos os porres são o mesmo porre,
Não é de uma vez que se morre...
Todas as horas são horas extremas!"

Trecho de "Pequeno poema didático" - Mário Quintana


"Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja"

Quintana

calendário

Preguiça do “hoje”...
Vou ficar no “ontem”
E esperar o “amanhã”...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

...

Muito a pensar

Pouco a falar

Nada a escrever

domingo, 8 de novembro de 2009

Também tinha

No meio das pedras tinha um caminho...

Tinha um caminho no meio das pedras...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Em minha defesa declaro que sou

Inocente
Não no sentido de não ter culpa
Errei sim, admito
Mas foi por falta de maldade
E até nos momentos de malícia
Fui ingênua.
Quando depravada
Mentirosa
Ácida,
Quando fui uma boa menina má,
O era inocentemente.
Juro!
Existe em meus piores atos
(e nos melhores também)
Uma inspiração folhetinesca
Romântica...
Acho que vi muita novela.

Perdoai-me senhor, que não sei o que faço
E ainda sim, faço.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mas por que falar disso agora?


Estava voltando para casa quando de súbito me veio à lembrança... um segredo... Um segredo MEU!

Era um segredo de adolescência ou um pouco depois, não sei. Hoje não interessa a ninguém, nem a mim. Esquecido e enterrado, cumpriu seu verdadeiro serviço.






Mas deu saudade...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A canção da vida

Esse eu desbravei hoje. Achei maravilhoso porque estamos na primavera, porque o dia está lindo da minha janela. Infelizmente hoje eu ficarei em casa estudando. Posto o poema para que alguém o aproveite por mim: Carpe Diem aos leitores desavisados.

Não é saudável ficar sepultado em casa no dia de finados...

Se agente fizesse a menor noção do quanto a vida é urgente, morria, talvez de pressa, talvez de agonia.

Mas que venha a poesia:

A canção da vida

A vida é louca
a vida é uma sarabanda
é um corrupio...

A vida múltipla dá-se as mãos como um bando
de raparigas em flor
e está cantando
em torno a ti:

Como eu sou bela
amor!
Entra em mim, como em uma tela
de Renoir
enquanto é primavera,
enquanto o mundo
não poluir
o azul do ar!
Não vás ficar
não vás ficar
aí...
como um salso chorando
na beira do rio...

(Como a vida é bela! como a vida é louca!)

Mário Quintana

domingo, 1 de novembro de 2009

Uma rua chamada pecado

Síndrome de Calabar

"Meu coração tem um sereno jeito,
E as minhas mãos o golpe duro e presto.
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto (...) "



Estrofe de soneto de Ruy Guerra e Chico Buarque