PANACÉIA DELIRANTE

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A canção da vida

Esse eu desbravei hoje. Achei maravilhoso porque estamos na primavera, porque o dia está lindo da minha janela. Infelizmente hoje eu ficarei em casa estudando. Posto o poema para que alguém o aproveite por mim: Carpe Diem aos leitores desavisados.

Não é saudável ficar sepultado em casa no dia de finados...

Se agente fizesse a menor noção do quanto a vida é urgente, morria, talvez de pressa, talvez de agonia.

Mas que venha a poesia:

A canção da vida

A vida é louca
a vida é uma sarabanda
é um corrupio...

A vida múltipla dá-se as mãos como um bando
de raparigas em flor
e está cantando
em torno a ti:

Como eu sou bela
amor!
Entra em mim, como em uma tela
de Renoir
enquanto é primavera,
enquanto o mundo
não poluir
o azul do ar!
Não vás ficar
não vás ficar
aí...
como um salso chorando
na beira do rio...

(Como a vida é bela! como a vida é louca!)

Mário Quintana

Um comentário:

Eduardo Medeiros disse...

Oi Lara, tudo bem?

Eu sei que também aproveitastes o poema. Também passei o feriado em casa. No domingo, fui ao enterro da mãe de um amigo...

Como escreveu o "pregador" no Eclesiastes Bíblico, o sábio está onde há luto e não onde há alegria.

O luto tem essa poderosa capacidade de nos fazer refletir sobre a vida, o que já é uma grande ironia, pois onde há alegria, ninguém cogita sobre a morte.

Mas é verdade que indo ao "luto", processando a fugacidade da vida, voltemos agora para o sorriso, para a alegria, para a vida...

Mas em esquecer que ela é como um vento, como também está escrito nas sábias palavras bíblicas.

abraços calorosos (vou postar esse comentário no meu olhar o tempo)