PANACÉIA DELIRANTE

domingo, 17 de janeiro de 2010

Fútil



Há alguns dias eu postei o pedaço de um texto onde Cazuza faz uma auto-análise. Coloquei o texto porque me identifiquei bastante com a sua maneira lidar com o mundo e consigo mesmo, mas a frase final me inquietou:

"E quer saber de uma coisa? O que salva a gente é a futilidade."

De cara, eu concordei. Acho que em tudo o que eu faço, até nas coisas mais relevantes, existe um interesse fútil escondido, fora que a futilidade desestressa, né? Ninguém agüenta ser sério o tempo todo.

Mas isso de apontar a futilidade como tabua de salvação, me intriga. Acho que perco muito tempo com pequenezas, que algumas bobagens ocupam mais espaço do que deveria nos meus pensamentos e que futilidade é sim, uma forma de ignorância. Mas fazer o quê se até mesmo o fato de eu estar escrevendo essas reflexões faz de mim um pouco fútil (sim, porque eu tenho coisas sérias para fazer nesse exato momento!)


A triste verdade é que para fazer qualquer coisa precisamos de motivação e a futilidade sempre parece tão sedutora...

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