Sempre gostei do fogo (e quem não gosta?). Lembro de mim, criança, junto à fogueira jogando objetos à chama, para ver o milagre. Ou naqueles dias em que espiava a chama do fogão, espantada: o fogo era azul.
Entretanto entre nós sempre houve a barreira do medo, ou da responsabilidade – chame como quiser... De maneira que a primeira vez que vi uma pessoa apagar a chama de uma vela com os dedos, me assustei:
- Será possível?
Mais tarde encontrei outras, capazes de ousadias piores, gente que passava no corpo, cuspia e engolia, brincava com fogo e não fazia xixi na cama. Ainda hoje, frente ao fogo, permaneço tímida, chego perto, mas paraliso. E estranhamente, sinto, que me queimo mais pela distancia, que pela presença da chama.
Luas de cá, luas de lá...
-
*(sobre a beleza dos encontros, sobre a beleza do teatro capaz de
transbordar fronteiras, tecer redes e teias lunares)*
*(por Camila) *
Enquanto nós, do...
Há 10 anos
2 comentários:
Acho Original a foma com que coloca as palavras no texto. Parabéns.
Obrigada, ainda que não pense tanto na forma... Apareça!
Postar um comentário