PANACÉIA DELIRANTE

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Carta de adeus

Salvador, 29 de dezembro de 2009

Tem certeza que não é lindo esse "não sei o quê" que estou sentindo e que não é dia lá fora embora seja meia noite?
Tem certeza que foi valsa que dançávamos embora a música tenha sido samba? Tem certeza que a pele não era negra, a roupa branca e o sangue azul?
Tem certeza que não estou morta, que não morri a cinco minutos e acabei de nascer em seus braços? Pois é... essas pequenas certezas trazidas por ti que desconcertam e me fazem fugir. Parto então em busca das incertezas que não tenho contigo. Adeus meu ardor, que não encheu nem a chama de uma vela. Guarde essa noite como o equivoco, o acaso, o desencontro no esbarro em um verão promiscuo...

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