PANACÉIA DELIRANTE

domingo, 18 de outubro de 2009

Paixão nova


Paixão é coisa engraçada né? Num exemplo bem capitalista, é como quando a ficha cai e agente ganha uma lata de refrigerante. Ás vezes cai de primeira, ás vezes demora e em outras só com muita porrada, não é mesmo?

Pois então... Estava já preparada para ir para a cama quando um pensamento me ocorreu: Paulo.
Abro mais uma janela em meu computador e coloco no Google: Paulo Leminski. Por que não? Nunca havia parado para apreciar sua poesia, exceto as que me foram presenteadas pelo destino. Escolho um site, entro e... Que coisa maravilhosa é a paixão, a sensação de surpresa, descoberta e resgate.
Olhos descendo pela tela e me deparo com um que eu amava quando tinha dez anos. Não esqueço! Pertencia a um livro chamado ALP, eu curtia pela sonoridade e ficava repetindo baixinho quando a aula ficava enfadonha.

Razão de ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céu
lembram linhas no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

Paulo Leminski - Que bom, já não vou dormir sozinha...

isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além

Um comentário:

Eduardo Medeiros disse...

O Paulo escreve simples e profundo. Diz o quer dizer de forma única. Um grande poeta.

Agora, paixão é muito bom, seria perfeita se não fosse tão fugaz...

Por isso, resolvi me apaixonar a cada dia pela mulher que amo, pois o amor sempre está. Sempre é.

abraços.