Mais um poema de Paulo Leminsk, por que amor que é amor pede uma certa dose de repetição temática. Talvez este seja o último poema da série, vou dar um tempo só para não desgastar a relação:
Dedicado a Eduardo Medeiros que, de passagem por esse blog registrou em meu humilde espaço seu estado de paixão:
Amor Bastante
quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante
basta um instante
e você tem amor bastante
um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
Luas de cá, luas de lá...
-
*(sobre a beleza dos encontros, sobre a beleza do teatro capaz de
transbordar fronteiras, tecer redes e teias lunares)*
*(por Camila) *
Enquanto nós, do...
Há 10 anos
2 comentários:
Oi Lara, muito obrigado pela dedicação. Já li, já reli, já sorvi, já me encantei mais uma vez. "basta um instante e você tem amor bastante".
quero sempre estar nesse instante de ter amor bastante.
abraços calorosos.
Que lindo este!
Mas procurei na internet por Amor Bastante de Leminski e, em sites, só aparece a primeira parte. A segunda eu só vi em blogs...
Já vi casos de autoria erroneamente atribuída a escritores famosos, como Oscar Wilde, em textos que circulam pela internet. Será que essa segunda parte é do Leminski mesmo? Ou, quem sabe, até é dele, mas é um outro poema?
Pra mim, fica a dúvida.
Beijos, Larinha.
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