PANACÉIA DELIRANTE

domingo, 18 de outubro de 2009

Mais duas

Confira
tudo que
respira
conspira


já me matei faz muito tempo
me matei quando o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre
nunca mesmo o sempre passo

morrer faz bem à vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso
e clareia a alma

morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma

Paulo Leminski

2 comentários:

Vane Aguiar disse...

Nossa que achado este blog, muito bacana!

Este poema me fez pensar que morro as vezes... quando me sinto sufocada, quando sou julgada com maldade, quando o dinheiro fala mais alto que amor... e apenas morrendo porcebemos fortemente nossos valores e voltamos com tudo a VIVER!

Parabéns... adorei seu cantinho...
se quiser conhecer o meu...

http://cabiveiseincabiveis.blogspot.com/

beijicas

Eduardo Medeiros disse...

Beleza de postagens. Poesia é alimento para a alma...meio cafona, né? ok. só queria dizer que gostei daqui e vou ser visita frequente. Se quiser, procure meus blogs, ok?
Abraços.