O Pagode

De noite fomos à praça. Estava tendo uma comemoração, um show de pagode. Eu fiquei no bar. Numa determinada hora resolvi dar uma espiada e pensei:
“O pagode é um fenômeno engaçado. Se o funk, enquanto dança, é representado principalmente pelas mulheres, hoje em dia o pagode é reinado pelos homens. Engraçado ver como eles liberam toda a sexualidade da região do baixo ventre, normalmente reprimida (homem não pode andar rebolando, dizem por aí), como eles dançam com uma dignidade de dançarino de hip hop durante uma competição: como se exibem, e descem sobem, quebram (quebram muito). As mulheres são mais tímidas, mexer demais pode parecer vulgar, tem gente olhando. Os homens não, querem explorar a sua sensualidade, querem ser vistos, admirados – que inversão de papéis...”
As letras de música merecem um parágrafo separado. Uma delas eu não conhecia e acho que alguns de vocês não conheçam essa pérola:

“Ela tenta botar no veó, ela tenta botar moicano.
Tenta botar, tenta botar, e tenta botar.
Ela tenta botar no veó, ela tenta botar moicano.
Tenta botar, tenta botar, e tenta botar.
Mas ela gosta de fazer...

Na 1, na 2!

Raspadinha
Raspadinha
Raspadinha
Raspadinha
Eu adoro
Raspadinha
Vai raspando
Raspadinha
Raspadinha
Bem bonitinha
Raspadinha
Bem lisinha
Raspadinha (2x)

- Esse é O Báck..

O barbeador, cera quente.
Fica lisinho, diferente.
Barbeador, cera quente.
Fica legal (2x)
- Raspou danada?
- Raspei!