PANACÉIA DELIRANTE

domingo, 14 de dezembro de 2008

Enquanto o sono não vem

Dizem por aí que eu sou Lara!
Mas que bobagem... Eu nasci Lara apenas. Pensando bem, nem isso: eu era Lara na barriga de minha mãe e só o tempo suficiente de ouvir:
- Vai se chamar Lara.
A partir daí, danada que era, já passei a ser outra coisa e depois outra e outra e...
Lara é apenas apelido, um codinome ou algo parecido. É uma forma de fazer as coisas não parecerem tão confusas e efêmeras.
LARA...
Mas eu gostei da escolha, muito.
É curto, direto e simples, tão simples que para escrever LARA ao contrário basta colocar o L no final.
É um nome para quem é pratico e não quer ter trabalho explicando quem se é.
É um nome fácil de rimar, principalmente com os verbos no tempo mais-que-perfeito, o que é excelente para a poesia: produzimos uma rima rica facinho facinho.
E para cantarolar! Aí é uma beleza; de Tom Jobim a Jeito Moleke milhares de músicas com “Lara lará”.
O efeito colateral é a crescente quantidade de pessoas de bom gosto a colocarem Lara nas suas filhas. Lara agora é quase uma epidemia!
Lara... (risos). Talvez seja por isso que gosto dos apelidos que recebo. Acho que essas pessoas descobrem por acidente, que o nome é só uma desculpa (quem me conhece sabe: existe um apelido mais apropriado que Larika?)
Mas o meu nome verdadeiro, o de hoje (porque amanhã já será outro) esse eu não conto para ninguém, nem para mim à não ser em sonhos porque de manhã já não lembro e se lembro já terei mudado de novo e de que me serve um nome velho, não é mesmo?

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