Seus olhos espelhados refletiam a noite fria
No centro, uma figura destacada na negritude da retina
Brilhava... brilhava e ofuscava a festa
Não era eu
Eu, coitada, era apenas uma presença
Desatenta e impaciente,
O olhar é que tudo preenchia
Pelos seus olhos me via
E não me reconhecia
Seria mentira minha?
Mas...nem um tanto, me esforçava
Para compor a visão, que ali se desenhou
O olhar me distorcia
Reduziu-me à esboço
De algo maior
Melhor
Que só nos olhos, existia
Aqueles olhos aqueciam a imagem
Mais que as fagulhas do São João
Luas de cá, luas de lá...
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*(sobre a beleza dos encontros, sobre a beleza do teatro capaz de
transbordar fronteiras, tecer redes e teias lunares)*
*(por Camila) *
Enquanto nós, do...
Há 10 anos
Um comentário:
Que delicia!
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