PANACÉIA DELIRANTE

sábado, 20 de março de 2010

Blanche



Voltando pra casa, andando pela rua... Chorando, nem percebia que estava escura, nem tampouco reparei no carro que se aproximava. Foi quando ouvi a buzina:
- Quer carona?
- Hã? Não... obrigada.
- Então vá andando que agente te acompanha.
O farol iluminou o meu caminho. Andei atordoada, olhando o casal que me seguia. Conheço?Não sei.
Nesse momento eles passaram: Um de moto e outro de bicicleta. Estavam juntos, atrás de mim. Há quanto tempo? Agradeci ao casal que me salvou de um possível assalto. Eles sorriram e se foram. Me senti a própria Blanche Dubois, no último ato de Um bonde chamado desejo:
- Eu sempre dependi da bondade de estranhos.

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