PANACÉIA DELIRANTE

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A dança




Ninguém há de compreender o tempo.
Acompanhar, sim.
Mas entender?
Querer comer jaca só em tempo de jaca
E em tempo de amora, nem pensar nelas.
Não querer ir à praia nos dias de chuva
E nem querer usar luva nos dias de sol
Curtir o “rapidotempo” único e solitário como você e eu. E lembrar que cada um anda no seu ritmo, único, exclusivo, que anda e para quando quer. Ou quando tropeça.
Aproveitar o “vagarotempo” e darmos as mãos se nos encontrarmos, soltar quando na bifurcação.
Seguir, seguir, seguir...
E rodar, rodar, rodar- se preciso - até ficarmos complemente tontos e zonzos como me sinto agora e sempre, inclusive enquanto escrevo.
Por que tudo isso a que chamamos de vida, sonhos, planos e conjecturas é apenas uma forma talvez mais elaborada
De dançar.

3 comentários:

Milena Lima Ferreira disse...

Quando li sua postagem, lembrei-me do livro de Gabriel Garcia Marques - Memórias de minhas putas tristes. "Gota a gota o copo enche pelo meio e transborda", o tempo é como um copo cheio pela metade e que transborda constantemente. Genial, suas postagens me faz lembrar de coisas que gosto!

Lara Couto disse...

Que bom que fazem. Esta postagem em especial foi uma verborragia editada de uma ângústia. Que bom que ela comunicou...

Milena Lima Ferreira disse...

Deve ser a mesma angústia que me angustia diariamente!