PANACÉIA DELIRANTE

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Textos

Texto 1 - Peito

Toque no peito; o peito reage. Eu penso e penso. E lembro de alguns escritos sobre o coração que bate e apanha. Sim, o coração apanha. E o toque sobre o peito remete ao medo de apanhar. Sufocamento. Eu nunca me sufoquei, que me lembre. Meu irmão sim, uma vez. Era pequeno, caiu na piscina. Eu estava na piscina. Mas não vi. Minha irmã que o salvou. Danilo ficou com fobia de água. Eu nunca tive medo de água. Não era esse tipo de sufocamento. Eu também nunca tive asma. Ha... uma vez: eu tive uma crise de choro e não conseguia respirar. Tinha nove anos: 1997. Minha memória de infância é assim: precisa: 1997. E eu não conseguia respirar. Lembro dos meus pais à minha volta. Lembro de meu pai, tirando minha blusa e passando vicky nas costas. Minha irmã achou que era cena. Eu tinha nove anos e fazia muita cena. Mas é que eu sentia as coisas com muita intensidade mesmo. Mas o toque no meu peito me dá uma sensação de sufocamento (e lá no fundo uma ânsia de choro). Eu não lembro porque chorei naquele dia... Mas sei que foi em 1997.

Texto 2:

Estetoscópio

Sim
Não
Razão
Emoção
Vida
Morte
Azar
Sorte
Dinheiro
Prestação
Desejo
Paixão
Emprego
Calção
Casa
Apartamento
Alegria
Sofrimento
Prosa
Poesia
Noite
Dia
Verdade
Fantasia
Palha
Alvenaria
Previdência
Folia
Sem nenhuma determinação:

Bate

Por indecisão:

Apanha



Conclusão:

Por indecisão:

Apanha

Nenhum comentário: