Se eu conhecesse um velho mais ou
menos sábio, ele me diria que somos todos colecionadores de feridas. Falaria docemente que viver deixa sua marca e
algumas cicatrizes são irremediáveis. Me explicaria que é normal sentir saudade
do que não está mais lá e que até mesmo sentir a falta de si próprio acontece
nas melhores famílias. Esse velho inventado me diria que essas feridas são os
nossos prêmios mais preciosos, é o que nos faz mudar de direção. As crianças possuem
poucas feridas, o que é bom. Mas é triste. Os adulto possuem muitas feridas, o
que é triste. Mas é bom.
Esse velho teria que ser sábio,
mas não o suficiente para achar que isso é obvio demais para ser dito...
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