Tosse, se contorce, ergue as mãos, bate nas costas. Nada! Algo está preso na garganta. Apela para a simpatia: gira um prato, bebe água de cabeça para baixo. Inútil.
Sabe bem de que se trata: uma interrogação que não se deixa engolir nem vomitar, teimosa... Insistente. De qual pergunta? Pra qual resposta? Está embaixo do seu nariz, pressente, mas qual? Qual?
Essa sensação de ignorância obtusa é uma das coisas mais irritantes que podemos sentir.
Eu consigo ser clara? É um impasse separando “o que é” e “o que deveria ser”, sendo que o “deveria ser” é a maldita interrogação grudada na garganta sobre a qual não conseguimos fazer uma análise, já que está lá: onde não se vê, toca, cheira ou qualquer outra coisa.
Pronto! O texto ficou piegas... Estraguei tudo... Deixa pra lá, mudemos de assunto.