PANACÉIA DELIRANTE

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

letra e papel


Adoro receber bilhetes, herdei isso de meu pai. O velho não se impressiona muito com presentes (para desespero de minha mãe), mas sempre fica bobo com um pedaço de papel. Escrevo pelo menos uma carta por ano, desde que aprendi a ler. Acho que ele não guarda, é muito desorganizado. Houve um tempo em que carregava na carteira e exibia para os amigos, o que me matava de vergonha.

Eu, ao contrário, guardo tudo, inclusive as cartas que escrevo e não envio. Raramente leio é verdade, não por descaso, talvez seja medo. 

Fobia de cartas é o quê? Cartofobia? 

 O problema é que carta é um troço carregado de saudosismos, dá saudade até do presente... É bom, mas não sempre.

Entretanto, mesmo nessa era virtual, louca, acelerada em que vivemos, esperamos sempre um cartão, um sms, um e-mail, a resposta do e-mail, o fax que não chegou. Letras e mais letras. Falando nisso, será que meu cronista favorito escreveu essa semana?

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