- Espere!
Era o que esperava ouvir enquanto
descia as escadas apressado. Se ela tivesse dito “espere” ele teria despejado
todas as palavras exaustivamente ensaiadas em sua mente. Mas ela se ateve no
andar superior, estática. Estava calada. Talvez nem estivesse mais lá. Ele
ainda se deteve diante da porta, como um ator que espera a sua deixa ser dita.
Silêncio. Forçado a improvisar, ele bate a porta e sai de cena, derrotado. Se fosse
uma peça de teatro cairia o pano. Mas a vida não se divide em atos.
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