PANACÉIA DELIRANTE

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Memórias roubadas

 A senhora me chamou no quarto.Mostrou a carta amarela, guardada mais de vinte anos, não era de meu pai. -Quase foi, disse ela. Eu li a carta e nada disse, mas era tudo muito bonito, confuso e impulsivo. Anos depois escrevi um poema branco



Esses versos de improviso
Regados a sono e a vinho
Refletem o que senti e sinto
Naquela noite de oitenta e poucos

Escrevo sem rascunho,
Como a vida
E se te chamo de querida
Não me veja com cinismo
É só uma rima pobre
De quem devia dormir
Mas não podia

E escreveu uma carta
Que trouxe esse momento
Pra depois do ano dois mil
Onde uma jovem suspira
Relembra em versos,
Digita
A noite que não assistiu

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