PANACÉIA DELIRANTE

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Orla


Na praia aqui em frente venta tanto que à noite, sob a luz dos postes urbanos, dá para ver o salitre lambendo a cidade. 

Nuvem de sal, neblina.

Se me deixo ficar à janela, o mar me sopra um beijo, meus lábios ficam salgados. 

O salitre insiste em invadir o apartamento, quebrar a televisão, o rádio, os computadores. Enchente de sal e seus prejuízos.

Mas neste momento, do escuro do meu quarto, na ausência de automóvel, escuto o som do mar me chamando para dormir.

Minha cantiga tem cheiro e gosto.

Nenhum comentário: